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Agilidade, flexibilidade, integração, processos e tecnologia; essas e outras palavras são vitais para o desenvolvimento dos negócios, e ganharam ainda mais significado desde o início da pandemia. A impossibilidade de equipes trabalharem juntas, pelo menos durante o período mais agudo da crise da Covid-19, obrigou as lideranças a tomarem decisões sob circunstâncias inéditas e, pior ainda, sem nenhuma garantia de que elas eram as corretas.
Certos ou errados, aqueles caminhos já foram percorridos e – pelo menos ao que parece – um período de estabilidade se aproxima. Agora o importante é absorver os aprendizados que ficaram. Não perceber e assimilar as mudanças do mercado pode colocar negócios inteiros em risco, especialmente em um cenário de transformações rápidas e instantâneas. Diversas outras empresas oferecem ferramentas para ajudar nas adaptações, mas, além de saber utilizá-las, é preciso reconhecer quais são as melhores para seu negócio.
A competitividade já faz parte do ambiente corporativo. No último ano, após muitas empresas migrarem para o virtual, é fácil encontrar softwares que facilitam o trabalho remoto – tanto para a dinâmica interna de empresas como a relação delas com o público-alvo. Renovar e aprimorar as formas de trabalho trazem resultados tanto para aqueles que oferecem o serviço como para os consumidores. Em um cenário futuro, isso pode ser significativo para o negócio.
Novos processos para novos tempos
A dinâmica de mercado já era competitiva antes da pandemia, mas com a migração de diversas empresas para o ambiente virtual, acompanhar esse intenso ritmo se tornou mais fácil graças às tecnologias utilizadas. Sendo assim, negócios que não conseguem se adaptar podem perder clientes e sofrer com prejuízos.
Para que isso não ocorra, as empresas necessitam repensar os modelos de operação e encontrar formas de ampliar a maturidade de processos modulares, com o objetivo de alcançar – e firmar – a flexibilidade e a integração. Mesmo que líderes e gestores tenham conhecimento prévio de inovações que possam trazer lucro às organizações, é importante estar a par de novidades e, ao mesmo tempo, atualizar a própria empresa.
Por exemplo, a agência governamental Services Australia, provedora de serviços de saúde para cerca de 25 milhões de cidadãos da Austrália, passou por mudanças operacionais no início da pandemia. A administração substituiu consultas presenciais por remotas, e passou a oferecer atendimento por voz ao telefone, operado por robôs. Foi possível notar um aumento em 600% do uso dos assistentes digitais da companhia.
A volta à vida normal – isto é, com a vacinação em andamento e modelo híbrido sendo implementado –, é preciso adaptar os próprios sistemas à essa nova realidade. Não foi só a dinâmica interpessoal entre membros de equipes que mudou, mas também a forma de tratamento e armazenamento de dados, informações relevantes e até no desenvolvimento de ações internas e externas. Existem diversos caminhos, plataformas e métodos que podem ajudar nesse movimento, mas alguns oferecem melhores vantagens competitivas.
O que são Composable Business?
Entre as diferentes abordagens de transações e processos virtuais, está o Composable Business, que se trata de uma aceleração natural de negócios digitais. Ele permite que a empresa alcance resiliência e agilidade nessa nova demanda e dinâmica de mercado. Com esse modelo, é possível praticar modularidade nos ativos, pessoas, processos e tecnologia. Especialistas acreditam que um negócio com base em Composable Business é construído a partir de uma combinação de múltiplas partes ou elementos.
Em uma visão mais técnica, esse estilo inclui aplicativos combináveis compostos por recursos de negócios em pacote (da sigla em inglês PBCs), ou objetos de negócios definidos por software. Os PBCs criam módulos reutilizáveis que as esquipes podem montar para criar aplicativos de forma veloz, o que reduz o tempo de lançamento no mercado. Dessa forma, é possível se adaptar a rápidas e inesperadas mudanças.
A liberdade de moldar os negócios de acordo com as necessidades que surgem é uma das grandes vantagens do Composable Business. Com a aceleração das tecnologias e, consequentemente, do mercado, estar preparado para qualquer novidade ou, nesse caso, conseguir se ajustar rapidamente, pode ser o que separa empresas do grande sucesso. E esse planejamento deve começar antes mesmo de começar as aplicações combináveis.
Maturidade em Business composability
Entender a parte técnica e de informática é fundamental para que o Composable Business traga resultados esperados para a empresa, mas também é preciso ter visão de futuro. Análises preditivas e preparo de pessoal somados à arquitetura que permite infinitas mudanças podem ser a receita para o sucesso. Existem três pilares fundamentais que podem ser desenvolvidos por empresas que desejam enfrentar períodos de incerteza da melhor forma possível.
Um dos itens essenciais para que todo o sistema funcione é ter um mindset focado na questão de composable. A mentalidade combinável inclui ponderar sobre as possibilidades, prever o que a organização em questão pode precisar e, por fim, projetar uma arquitetura flexível que possa atender às necessidades. Todo esse planejamento funciona como um guia para os negócios tanto em momentos de incertezas como de oportunidades – afinal, mudar operações não precisa ser algo obrigatório, basta saber quando pôr em prática.
Como dito anteriormente, a arquitetura também é importante. Não basta ter capacidade para as inúmeras e possíveis transformações, é preciso conseguir acompanhar o ritmo dessas mudanças. Outro ponto fundamental é o potencial de gerenciamento, que, a partir de uma visão geral, torna possível o manejo de todos os blocos – ativos, pessoas, processos e tecnologias – de forma rápida e eficiente.
E não há como isso tudo funcionar sem a própria tecnologia. Por exemplo, de acordo com um relatório da consultoria Gartner, até 2025, os 10% de empresas que conseguirem estabelecer as melhores práticas de engenharia de Inteligência Artificial vão conseguir gerar três vezes mais valor ao negócio do que os outros 90%. Mas fazer parte desses 10% não vai ser fácil.
As partes de análises, planejamento e operações funcionam melhor quando existem sistemas e dados que se integram de forma rápida e fácil. Ter na equipe profissionais qualificados, estratégias inovadoras e operações já em funcionamento não é o suficiente para que o Composable Business funcione da maneira certa – e mais lucrativa para a empresa. É preciso ter consciência de que a maioria das ações atuais são feitas em base de dados, seja para simples balanços ou mapeamento de comportamento de potenciais ou fiéis clientes.
A boa notícia é que as empresas já reconhecem a necessidade de investir em análise de dados e valorizar as opiniões dos profissionais envolvidos. Estudo da Gartner afirma que 72% dos líderes dessa área estão à frente ou fortemente envolvidos com o processo de Transformação Digital das companhias em que trabalham.
O que esperar do Composable Business
Trata-se de um estágio que não será alcançado apenas com o investimento em inovação e tecnologia, mesmo que as apostas sejam as corretas. É essencial ter disponíveis os principais recursos recomendados para cada negócio, mas nada vai adiantar se não houver um compromisso de disseminar a mentalidade do Composable Business por toda a empresa.
Se isolados, não são novos os elementos que envolvem a transformação em um Composable Business, uma vez que os princípios básicos já são seguidos dentro das organizações – ou pelo menos há a intenção de que isso aconteça. Com o tempo, essas adaptações se tornarão comuns em companhias de diversos setores, mas aplicá-las o quanto antes é o que faz a diferença no momento. Os CIOs precisam ser empoderados pelos conselhos para dar início a essa mudança de cultura, e que isso aconteça o mais rápido possível.
É possível traçar um paralelo com o início da Transformação Digital, quando empresas foram forçadas a mudar o rumo de seus negócios, sob a ameaça de deixarem de ser relevantes e até serem extintas – o que de fato aconteceu com algumas delas. Com o passar do tempo, um certo número de companhias foi superado ou substituído por startups e/ou empresas nativas digitais, que estavam inseridas nessa nova realidade desde o momento da fundação delas, ou seja, tinham essa vantagem competitiva.
Agora, é possível esperar um movimento parecido. À medida que o Composable Business for se consolidando como conceito, veremos novas empresas já aplicando seus preceitos desde o momento que nascerem. Porém, ainda não há razão para pânico. Tal qual aconteceu com o processo de Transformação Digital, vão existir empresas que identificarão o momento de mudança e conseguirão se sobressair – por isso é melhor começar o quanto antes.