Big Data na Indústria de Entretenimento: dados são usados para personalizar experiências
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Big Data na Indústria de Entretenimento: dados são usados para personalizar experiências

A análise de dados está transformando festivais de música e a indústria do entretenimento, e o futuro promete uma personalização ainda mais profunda.

O mundo da música se tornou um palco para a experiência personalizada. Isso porque um poderoso aliado está transformando o cenário dos festivais de música e da indústria do entretenimento como um todo: o Big Data. Os dados não apenas ditam a harmonia do espetáculo, mas também moldam cada nota da experiência do público.  

 

A utilização do Big Data na indústria do entretenimento abrange a coleta, armazenamento e análise de vastos conjuntos de dados, com o objetivo de identificar padrões e tendências relevantes. De acordo com a observação de Pine e Gilmore em O Espetáculo dos Negócios, “quando uma pessoa paga por um serviço, ela está adquirindo um conjunto de atividades intangíveis executadas em seu interesse. Mas quando ela adquire uma sensação, está pagando para dedicar seu tempo a desfrutar de uma série de eventos memoráveis que uma empresa encena.” Diante disso, uma das maneiras pelas quais os dados estão impactando positivamente os festivais de música é através da análise criteriosa para embasar decisões fundamentadas para a melhoria da experiência do público. 

Os festivais, por sua vez, são verdadeiros armazéns de dados. Eles coletam informações de várias fontes, como, por exemplo, da venda de ingressos online, de aplicativos móveis dedicados ao evento, de sistemas de bilheteria, das redes sociais onde os participantes interagem e até de sensores distribuídos no local. Esses dados podem ser centralizados e tratados, criando uma visão abrangente do público. Os organizadores podem utilizar algoritmos avançados para entender melhor as preferências dos consumidores. Isso porque, a análise de dados pode gerar informações para melhorar a experiência dos fãs do festival, ajudando a organização a conhecê-los melhor e a mapear oportunidades a partir da inteligência de dados sobre consumo, interesses e experiências. É possível revelar quais gêneros musicais são mais populares e quais artistas têm maior apelo, por exemplo. Isso permite que personalizem a programação do festival para atender às expectativas do público.  

Dessa forma, a personalização da experiência tem se mostrado um dos aspectos mais notáveis do uso do Big Data em festivais de música. Com base em todos esses dados coletados, os organizadores podem criar experiências sob medida, seguindo as tendências de mercado, otimizando estratégias de marketing e aumentando as possibilidades de monetização. Aqueles que forem ao evento podem, por exemplo, receber recomendações personalizadas de artistas com base em seus gostos musicais anteriores. Além disso, áreas de descanso e opções de comida e bebida podem ser adaptadas às preferências individuais, garantindo uma experiência mais agradável para todos.  

Assim como os e-commerces empregam estratégias de dados para recomendar produtos alinhados com o perfil de consumo de seus usuários, a indústria do entretenimento pode igualmente aproveitar a análise de dados para direcionar cada visitante a estandes específicos durante um evento, por exemplo. A análise de dados desempenha um papel crucial na construção de uma visão completa do consumidor, pois não apenas fornece insights sobre seu comportamento, mas também permite a identificação de padrões e tendências que podem ser habilmente aplicados para personalizar a experiência do cliente 

Mas como isso acontece? A resposta está na aplicação da transformação data-driven em diversos segmentos. No evento, os dados servem como fonte para a correção de falhas de forma rápida, bem como para proporcionar uma experiência ainda mais única e personalizada para os clientes. Além disso, os dados também impulsionarão times e iniciativas que estejam gerando mais retorno.  

Dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) indicam que há mais maneiras para as pessoas se envolverem com a música do que jamais houve. Mais de três quartos das pessoas ouvidas para a pesquisa gostam de música em vários formatos, o maior índice já registrado. Além disso, em média, as pessoas em todo o mundo usam mais de seis métodos diferentes para se envolver com a música, desde streaming de vídeo até rádio terrestre, televisão, filmes, trilhas sonoras de jogos, criação de vídeos curtos e muito mais. Essa tendência demonstra que a indústria musical, hoje, não se limita apenas à venda de fonogramas físicos. Ela se expandiu para incluir uma ampla gama de formatos e plataformas, incluindo shows e festivais. E a capacidade de compreender como o público se envolve com a música passou a ser fundamental para que gravadoras, artistas e empresas de entretenimento personalizem suas estratégias e atendam às preferências variadas do público. 

Desafios significativos 

Embora o Big Data ofereça inúmeras vantagens, ele também apresenta desafios significativos. Um dos maiores está na análise destes dados e na compreensão de como eles podem melhorar os negócios, isso porque as aplicações principais estão relacionadas a áreas nas quais os dados internos por si só não são suficientes, sendo complementados por informações externas provenientes do Big Data. É preciso capacidade para aprofundar a compreensão de clientes, mercados, concorrentes, produtos, o ambiente de mercado, bem como o impacto das tecnologias e mesmo as relações com fornecedores.  

Outros dois desafios estão associados à veracidade e ao valor. A veracidade refere-se à necessidade de que os dados coletados sejam provenientes de fontes confiáveis e verificáveis. Por outro lado, o valor está ligado à capacidade de trabalhar com dados que possuam significado real e representem fontes de valor agregado para a tomada de decisões informadas. 

E como o mercado de análise de dados cresce de forma exponencial, é natural que as organizações que precisam trabalhar com dados busquem maneiras de automatizar e escalar as análises. O Gartner mostra que os serviços e algoritmos de análise são uma tendência para o futuro, e tendem a se popularizar em diferentes setores do mercado, incluindo entretenimento. 

À medida que a tecnologia avança, abre-se o caminho para uma personalização mais profunda e envolvente das experiências do público. Nos próximos anos, cada vez mais instituições vão buscar a inteligência de decisão para otimizar resultados. Farão isso com técnicas avançadas para projetar, modelar, alinhar, executar e ajustar modelos de tomada de decisão. 

Além disso, análise em tempo real, em particular, surge como uma ferramenta que tem o potencial de transformar a maneira como experimentamos festivais de música e outros eventos de entretenimento. Com a capacidade de coletar, processar e utilizar dados em tempo real, os organizadores de eventos podem oferecer experiências de forma dinâmica, ajustando programações, interações e ofertas para atender às preferências individuais instantaneamente. Os dados não apenas ajudarão a entender os gostos e preferências dos fãs, mas também permitirão que os organizadores ajustem o evento em tempo real para atender às necessidades do público. Isso promete um futuro em que cada espectador se sentirá como o protagonista de seu próprio espetáculo, imerso em uma experiência única e personalizada.  

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